sábado, 27 de agosto de 2011

A importância do coroinha segundo João Paulo II




A Um Grupo De Meninos De Coro Da Cidade De Vicenza (Itália)
Castel Gandolfo, 05 de Setembro de 1979
Caríssimos Coroinhas,
Devo dizer-vos abertamente que me sinto contente em vos receber hoje todos jun-tas nesta casa, tão numerosos e buliçosos. E o motivo da minha alegria é duplo.
Primeiro que tudo vejo em vós rapazes cheios de vida e entusiasmo. Esperais tu-do do futuro. Faz parte da natureza mesma da vossa jovem idade projetar-se para frente com todas as forças, de tal modo que sois a esperança, a reserva, quero dizer, a certeza de uma sociedade humana mais justa e melhor. Uma coisa vos recomendo: embora vejais à vossa volta muitas coisas que não estão certas, de-veis considerar todas estas realidades como outros tantos motivos para vos com-prometerdes ainda mais a construirdes vós, com as vossas mãos e com o vosso coração, um novo mundo, em que seja verdadeiramente possível viver em sereni-dade, segurança e completa confiança recíproca.
Mas existe também outro motivo pelo qual a vossa presença me dá alegria. E o motivo é que vós viveis de perto, ou melhor, desde dentro, a vida mesma da Santa Igreja de Deus. Prestando o vosso serviço à Mesa Eucarística e nas várias Cele-brações Litúrgicas, vós hauris diretamente das fontes da salvação (Is 12, 3) o vigor já necessário para viver bem hoje e depois também para enfrentar com maior en-tusiasmo o vosso futuro. Certamente muitos de vós, se não todos, já se interroga-ram sobre o próprio amanhã, sobre o que farão em adultos. Pois bem, eu estou convencido que não poucos de vós consideraram mesmo a perspectiva de servir a Deus e a Igreja como Sacerdotes, isto é, como anunciadores do Evangelho a quem o não conhece, e como Pastores amorosamente disponíveis para ajudar os outros cristãos a viverem em profundidade a sua fé e a sua união com o Senhor. Por conseguinte, digo a todos aqueles que já sentiram tal chamamento no seu coração: cultivai esta semente, confiai-vos a alguém que vos possa orientar, e, sobretudo sede generosos. A Igreja tem necessidade de vós; o próprio Senhor precisa de vós, como quando se serviu dos poucos pães de um rapazinho para saciar uma multidão de gente (Cfr. Jo 6, 9-11).
Quanto ao resto, digo-vos com as palavras de São Paulo: Alegrai-vos sempre no Senhor, repito, alegrai-vos (Flp. 4,4); de fato, como escreve a Bíblia, o sinal de um coração feliz é um rosto satisfeito (Sir 13, 32.).
Deus ama-vos e espera muito de vós. E asseguro-vos que também o Papa vos quer bem e com todo o coração vos abençoa, juntamente com os vossos Responsáveis e todos os vossos Entes queridos. Quero que vós saibais que o Papa vos ama e conta muito convosco. Abençôo com todo o meu coração e deixo-vos com estas palavras: "Servi o Senhor com alegria!".

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